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segunda-feira, 9 de março de 2015

08 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER - "MAIS LUTA E MAIS DIREITOS PARA AS MULHERES GUARDAS MUNICIPAIS"



A entrada de mulheres nas Instituições de Segurança Pública no Brasil, que ocorreu de uma forma tardia, ou seja, há pouco mais de 50 anos, teve seu marco histórico, na criação de um Corpo Feminino na Guarda Civil do Estado de São Paulo, em 1955, ampliando-se a partir de 1970 quando esse grupo foi integrado à recém-formada Polícia Militar de São Paulo.
O acesso das mulheres às polícias civis e militares passou a ser ampliado a partir dos anos 80, quando se iniciou a discussão sobre reforma policial, políticas afirmativas e novas concepções de segurança pública e teria sido motivado pela necessidade de humanização, no atendimento policial. Esse ingresso ainda contribuiu para liberar os homens das atividades administrativo-burocráticas, permitindo que estivessem atuando nas linhas de frente das instituições, ocupando os postos mais altos da hierarquia e participando de ações externas no combate à criminalidade urbana, ou seja, a incorporação da mulher se deu numa perspectiva funcional.
Em relação às mulheres das guardas municipais, ainda não há escritos sobre o período em que as mesmas começaram seu ingresso nas instituições municipais de segurança, o que se sabe é da semelhante realidade com as demais mulheres das outras instituições, que são: o efetivo feminino não chega a 20% (vinte por cento) do número de homens, sendo considerada uma profissão predominantemente masculina, obstáculos para sua ascensão nas instituições, a discriminação com base em gênero, as cotas para ingresso de mulheres nas instituições, o assédio sexual e moral.
Sobre a saúde das mulheres guardas municipais alguns problemas se originam em virtude de sua atividade profissional, há relatos de infecção urinária recorrente, lesão por esforço repetitivo (LER), doenças relacionadas à saúde emocional – ansiedade, sobrepeso, distúrbios de sono em consequência do trabalho em períodos de plantão. No momento da gestação, as instituições acolhem bem suas grávidas, que são transferidas para atividades administrativo-burocráticas, onde não fazem mais esforços físicos extremos e onde podem permanecer até o final da gravidez.
Aqui no Estado, o SINDGUARDAS/RN através de sua Secretaria de Mulheres, tem se esforçado para dar visibilidade, à situação das mulheres guardas municipais, buscando traçar o seu perfil, compreender suas condições de trabalho e a partir daí buscar projetos e serviços visando sua valorização profissional, a promoção de um tratamento igualitário, a inserção efetiva na instituição, o respeito à dignidade e à saúde dessas profissionais, além de estimular o desenvolvimento de políticas públicas institucional, novas práticas e ações para prevenir e combater a violência doméstica que alcance tanto as guardas municipais quanto as mulheres atendidas durante as ocorrências.
Neste dia 08 de Março, Dia Internacional da Mulher, a direção do SINDGUARDAS/RN, convoca todas as mulheres da instituição a se incluir na luta pelo funcionamento das Delegacias da Mulher - DEAMs, em regime de plantão; Pela efetivação da Lei Maria da Penha; Pela ampliação dos direitos sexuais e reprodutivos, além de combater a violência institucional, praticada pelo Estado e suas instituições, que resistem à luta das mulheres por autonomia e garantia de direitos.
GM Leila - Secretária de Mulheres 


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